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A história da escrita começa muito antes da invenção do alfabeto. Os primeiros registros escritos surgiram por volta de 3.500 a.C., na antiga Mesopotâmia, região que corresponde atualmente ao território do Iraque. Nessa época, os sumérios desenvolveram um sistema de escrita conhecido como cuneiforme, feito com marcas em forma de cunha impressas em tábuas de argila com o auxílio de um estilete.

Esses primeiros escritos não tinham ainda uma função literária ou artística, mas prática: registravam transações comerciais, impostos, listas de bens e contratos. Era a escrita a serviço da administração, do controle e da memória coletiva. Paralelamente, no Egito Antigo, surgiam os hieróglifos, uma forma de escrita mais simbólica e visual, usada em templos, túmulos e documentos religiosos.

Com o tempo, a escrita evoluiu e se espalhou para outras civilizações: os chineses desenvolveram caracteres próprios; os fenícios criaram um alfabeto fonético que mais tarde influenciaria os gregos e os romanos, dando origem ao alfabeto latino, base da escrita usada em grande parte do mundo hoje.

A escrita marcou um divisor de águas na história da humanidade. Permitindo o registro de leis, saberes, crenças e histórias, ela tornou possível a construção das civilizações como as conhecemos. Mais do que uma ferramenta de comunicação, a escrita se tornou um espelho da alma humana, perpetuando ideias, sentimentos e memórias ao longo dos séculos.

Assim nasceram os primeiros livros — tábuas, rolos de papiro, pergaminhos — e com eles, a necessidade de conservar, publicar e compartilhar conhecimento. É nesse espírito que seguimos, celebrando cada palavra escrita como parte de uma herança milenar.

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